Decisão
Não serei quem sou quando for apenas o que quiser ser. "Não há que aguentar mais. É preciso soltar. Urge." Joana Osório
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Da Silva
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6.12.09
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Da Silva
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7.6.09
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Da Silva
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29.4.09
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Corre no meu pulsar um oco murmúrio, vestígio inabalável da grande peça que ocupa o teatro do meu sentimento. Não cessa de se fazer ouvir, de me fazer lembrar que o maior drama e a maior alegria podem ter os mesmos personagens em palco e que os fios da vida que os guiam se podem embaraçar para todo o sempre mesmo se alguns actos os separam. Vagueio pelos bastidores, por entre uma miríade de vultos em frenesim constante ao meu redor, onde se vivem mil vidas diferentes e outros tantos mundos que nada me dizem, nada me atraem... não como tu o consegues.
Gostava de, um dia, poder dizer-te na minha voz tudo o que as minhas mãos escrevem, com a clareza com que se faz um monólogo, com a beleza das palavras certas no momento certo e a expressão no rosto de quem viveu uma vida inteira para aquele momento. O momento em que um se esvazia para que o outro o possa preencher por completo; o momento em que se fica à mercê da espada e se deposita toda a esperança em quem a segura.
Gostava que, um dia, pudesses ouvir estas minhas palavras e acreditar que não são teatro mas um acto de amor que procura o teu. Em todas as linhas, penso em ti.
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Da Silva
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2.4.09
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Fita os meus olhos, procura bem no fundo... Consegues ver lá no extremo do vazio um brilho? Um brilho lindo. Um brilho que, de tão belo, traz consigo um silêncio inundado de alegria. Esse brilho não é meu. Não é mais que um reflexo de ti, de ti na minha vida. É a essência do amar e o bálsamo que me acalma...
Fita os meus lábios, navega suavemente essas linhas que te querem tão perto como o sal e as ondas se desejaram um dia. Sentes o calor que os motiva? O rubor que os empurra sem pena ou consideração? São o corpo do amar e o porto de onde solto as minhas amarras...
Fita o meu corpo, atenta em todas as curvas que se querem revelar ao som do teu suspiro. Um suspiro que as transporta à fronteira mais recôndita da loucura. Sentes o ímpeto que se quer libertar? A intensidade que não se quer segurar, que não quer parar? É o sustento do amar e o fogo que não lhe permite extinguir-se...
Fita-me. Serei o outro lado do espelho que procura bem dentro de ti o brilho que trazes. O brilho que és. Para mim.
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Da Silva
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28.2.09
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Evitamos fitar os olhos deste sentimento de inevitabilidade que é separarmo-nos de a quem nos queremos juntar, de perdermos quem tanto queremos guardar. Somos ermitas num vazio de emoções para que o contraste da alegria nunca nos dirija a palavra ou espreite para o fundo da caverna que escavámos com tanto ardor e nos encontre encolhidos, tremendo, de olhar cabisbaixo, focados na solidão do desejo de um consolo que jamais chegou. Perdemos o pulsar do Mundo para podermos ouvir o nosso a bater forte, para podermos mentir a nós mesmos, para podermos esperar. Soltamos amarras dos portos que não vivem senão para nos acolherem e que nos esperam com a ansiedade irrequieta das marés... O grande Mar seduz-nos, o azul profundo guarda os nossos medos, o silêncio torna-se companheiro de viagem e o tempo uma fina linha sombreada ao longo do batel da vida que navegamos...
Mas a manhã chega em que queremos ouvir as ondas bater no casco. Queremos ouvi-lo ao leme de uma nau que se enche de vida por dentro e grita "Terra!" do alto do mais alto mastro. Queremos desfraldar aos sete ventos as bandeiras que defendemos antes do medo. Queremos prender as nossas amarras com a certeza das rochas que nos abrigam neste porto de alegria. Queremos sentir o sangue deste Mundo correr quando enterramos as mãos no solo suave. Queremos gritar ao sentir o calor do Sol no rosto e admirar o eco vibrando e ressoando pelas cavernas que nos rodeiam. Queremos marcar os nossos passos na areia do tempo que nos foge entre mãos. Defenderemos a nossa dama numa luta sem quartel, num duelo sem misericórdia. Aí, fitaremos a inevitabilidade nos olhos e teremos ganho ainda antes de qualquer um de nós cair por fim...
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Da Silva
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25.1.09
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