Surtos de barro

Sorrisos, olhares luminosos de vivo ser perpassam-me o lívido rosto. Sei o seu odor. Sei-o pelo espaço que ocupam no interior da minha voz, suspiros de sombras passadas de vermelho-vivo que me tingem o desejo e a mente. Moldados em rude rotunda madeira, sonharam com a fria e cruel forja. Jogaram o seu futuro contra a porta que não mais se quis aberta... Num surto, tudo se prometeu, noutro tudo se quis cumprir. Por fim, caco a caco, o barro se moldará... A luz do próximo sorriso um dia virá.