Inquietude

Tento perceber porquê mas nada me ocorre.
E da inquietude não me liberto! Faz-me andar, faz-me procurar, preocupar, querer saber, partilhar, dar, rir e gargalhar, faz-me sorrir e olhar, com os olhos a brilhar de alegria e fantasia, para os teus de mar e poesia...
Feitiço não é, feitiço nunca foi... Mistério da vida, milagre quotidiano talvez...
Pudera eu maravilhar-me todos os dias nesse lago de ecos surdos que murmuram um sentimento tão leve e tão frágil!
Pudera eu abrir as velas do meu batel e saborear as ondas do teu mistério, arribar às ilhas do teu ser e explorar a fonte da vida original com o teu suspiro como guia!
Pudera eu... e te encontraria na saliência mais discreta ou na gruta mais profunda para te trazer ao calor do Sol e ao aroma da suave brisa e partilhar o meu tesouro mais lindo e mais precioso contigo...

Levantaríamos velas e a inquietude nos levaria...

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